TRABALHO ALESSANDRA A TERMINAR

1761 palavras 8 páginas
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

CURSO: LETRAS

INTRODUÇÃO

OS SAPOS (MANUEL BANDEIRA) x PROFISSÃO DE FÉ (OLAVO BILAC)

O presente texto visa fazer uma leitura do poema “Os Sapos”, de Manuel Bandeira, analisando, para tanto, os aspectos formais do poema, o processo de escrita vinculado as ideias definidas pelos escritores modernistas e as ideias sobre poesia e realidade que se podem depreender o poema.
Dentre as muitas bandeiras que o Modernismo defendeu, em sua primeira fase (1922-1930), destaca-se o combate às características estéticas tradicionais e conservadoras (cujo maior exemplo era o Parnasianismo). Foi chamada fase heroica do Modernismo Brasileiro. Nessa perspectiva, o poema de Manuel Bandeira pode ser visto como uma paródia do poema “Profissão de Fé” de Olavo Bilac, na medida em que se distancia ideologicamente do proposto por esse texto literário, o que se evidência desde a primeira estrofe do poema modernista, pois nela os temas mitológicos são substituídos pela prosaica presença dos sapos, o que pode representar metaforicamente, que aqueles que se julgam deuses, criaturas sublimes que possuem “status” elevado, não passam de seres rebaixados, que vivem a margem dos rios, no brejo, em outras palavras, à margem da sociedade.
Em uma época que a sociedade estava passando por grandes transformações, crescente industrialização, que junto com o progresso, acabava por trazer consequências desagradáveis, no final do século XIX e no início do século XX, os poetas parnasianos cantavam a forma perfeita de produção poética, os campos, cultuavam a Antiguidade Clássica, entre outros temas, todos à margem do contexto sociocultural da época. Os Sapo, metaforicamente, os parnasianos, cantavam sozinhos, à beira da sociedade
O poema de Bilac, que possui um cunho metalinguístico, apresenta uma linguagem excessivamente formal, presa às regras, à

Relacionados