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O fato de ter nascido em Capivari, interior do estado de São Paulo, fez com que se referissem à artista como “a caipira que fez história” E fez mesmo: não só a sua, mas a do próprio modernismo brasileiro.
Tarsila do Amaral começou a estudar em colégios só depois dos dez anos. Depois de dois anos de estudos nos colégios paulistanos, ela e sua irmã Cecília foram levadas pelos pais para estudarem como internas no Colégio Sacré-Coeur de Barcelona, em que Tarsila pintaria seu primeiro quadro, Sagrado Coração de Jesus (1904), copiado durante um ano de intenso e paciente trabalho.
Em outubro de 1905, Tarsila, com dezenove anos, volta ao Brasil, esperando reencontrar o namorado, chamado Vasco Bayão, a quem desde antes da viagem à Espanha dedicava seu afeto. Mas acabou se casando com um primo de sua mãe, o farmacêutico André Teixeira Pinto, pela vontade do pai, em uma cerimônia bem íntima, no dia 18 de janeiro de 1906. A moça segue o modelo de filha de família rica, da aristocracia rural regida pelo sistema patriarcal. Segundo a própria Tarsila, dizia seu pai que “casamento tinha ‘três éfes’: falado, feito e fora”. Mas o patriarca não era tão autoritário assim.
Tarsila do Amaral pediu a seu pai que a viagem de lua-de-mel fosse para Argentina e Chile, e foi prontamente atendida por ele: “Meu pai me adorava, para ele tudo o que eu fazia estava bem feito, nunca se opôs a nada, e eu tinha tanta curiosidade em conhecer lugares;” A viagem foi uma grande aventura que levou aproximadamente um mês, o que já faz denotar que