Texto para teatro sobre boi bumbá

602 palavras 3 páginas
Era uma vez...
NARRADOR:“um homem chamado Francisco, também chamado Pai Francisco, homem honesto e pacato, embora um tanto grotesco e caricato, cuidando de um boi de propriedade de um certo senhor. Chico era casado com Catirina, Um dia…
CATIRINA— Chico, estou com desejo!
CHICO— Quem tem desejo é mulher grávida.
CATIRINA— Mas eu estou grávida.
CHICO— Então é desejo.
CATIRINA— Mas não é o que estou dizendo?!
CHICO— E é desejo de quê?
CATIRINA— Desejo da língua do boi Barroso
CHICO – Mas tinha que ser justo desse boi? Num pode ser de outro não?
CATIRINA – Não, se é desejo tem que ser desse boi mesmo.
CHICO – Mas esse boi é o mais querido do amo.
CATIRINA – Então ocê escolhe, ou a língua do boi barroso, ou o nosso fio vai nascê cum cara do boi.
CHICO – Num vai ter outro jeito?
CATIRINA – É ocê que escolhe.
NARRADOR - Diante de tal situação, Chico, embora assustado, não hesitava: atirava no boi, cortava-lhe a língua, satisfazia o desejo de catirina e, com a mulher, fugia da fazenda. Dando pela falta do boi e pela ausência de Chico, o amo chamava os índios e lhes ordenava que procurassem por pai Francisco, pelo boi e os trouxessem de volta à fazenda. Os índios saíam e logo encontravam o fugitivo: Chico, no entanto, reagia e os índios reclamavam:
INDIO— Amo, Chico me atirou. Eu pulei pra trás. Tiro não pegou.
(Chico esbravejava:)
CHICO — ‘Eu sou nego duro, duro, moradô dos arraiá/ Queimo no seco, queimo no inverno/Nunca deixo de queimá/Tenho espingarda véia/Que pesa 3.500 quintá/Só vou lá com cinco ou seis caboco reá’.
NARRADOR - Mas Chico acabava capturado, sendo levado, pelos índios, até a presença do amo, juntamente com Catirina e com o cadáver do boi. Imediatamente era chamado o curador que, logo após constatar a morte:
CURADOR – entonce acho que o boi morreu mesmo, mais num foi de morte morrida não, foi de morte matada, e alguém matou, porque boi nenhum morre de morte matada sem ninguém matar.
AMO – Então faz o boi volta a vida, ou a sua que vai

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