Terceiro Setor e Questão Social
Este trabalho está sendo realizado a partir da análise, do estudo e das críticas relacionadas ao texto de Carlos Montaño, Terceiro Setor e Questão Social – Capítulo II, e ao texto da Nathalie Beghin, A Filantropia Empresarial – Nem caridade, nem direito. O primeiro texto trata basicamente do aparecimento do então chamado ‘’terceiro setor’’, como ele se desenvolve na reestruturação do capital, sua relação com o Estado e se poderia ser considerado outro ‘’setor’’ da sociedade. Seguindo a mesma linha de pensamento, o texto da Nathalie discute se as organizações da ‘’sociedade civil’’ atribuem caridade, direito ou nenhum dos dois.
No capítulo II do livro Terceiro Setor e Questão Social, de Carlos Montaño, é discutido o que está por trás, qual o conceito e o que seria o ‘’terceiro setor’’ na lógica da reestruturação do capital. O ‘’terceiro setor’’ foi formado em um contexto social, econômico e político marcado por mudanças aceleradas do capitalismo, grande desenvolvimento tecnológico e científico e uma escala enorme de desigualdade social e pobreza e um descaso considerável com a classe trabalhadora, por isso, é preciso compreendê-lo dentro da lógica capitalista e de toda a sua conjuntura social, econômica e política.
Para Montaño, a sociedade dividida em setores é basicamente abstrata, mas supondo que exista essa divisão, o Estado seria o primeiro setor, o mercado o segundo setor, e o ‘’terceiro setor’’ seria a ‘’sociedade civil’’. Os autores do ‘’terceiro setor’’ defendem-no com a ideia de que o Estado (primeiro setor) e o privado (segundo setor) se tornaram incapazes de responder às demandas sociais sozinhos. O