Teraupêutica

CUIDADOS ADICIONAIS: IDOSOS

INTRODUÇÃO
Obviamente, envelhecer não é uma doença. Entende-se claramente hoje que envelhecer é um fator independente de risco e também de previsão de morbidade, mortalidade e de resultados do trans e pós-operatório de procedimentos quer cirúrgico quer clínico.
A maioria dos textos tende a definir o idoso através da faixa etária, algo como “pessoas com idade igual ou acima de 65 anos”. Esta definição é compreensível em termos metodológicos, normativos e até jurídicos, mas inaceitável do ponto de vista biológico. Envelhecer é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “progressivo e generalizado impedimento das funções resultando na perda da capacidade de resposta adaptativa ao estresse e um crescente risco das doenças relacionadas à idade”. Entretanto, a OMS também define com muita clareza a diferença entre o processo normal de envelhecer e o envelhecer não saudável.
O processo normal de envelhecimento representa as mudanças biológicas universais que ocorrem com a idade e não são afetadas por doenças ou influências ambientais.
Nem todas as alterações associadas à idade têm impacto clínico adverso. O conceito de “idoso ativo” é encorajado pela OMS e definido como “processo de envelhecimento sem se tornar um velho através da manutenção da atividade física, social e espiritual por todo o período de vida”.
Ao contrário do envelhecimento não saudável é fortemente influenciado pelo ambiente, estilo de vida e doenças concomitantes que podem estar relacionadas negativamente com as alterações universais do envelhecimento, mas não é devido ao envelhecimento.
Em Odontologia, quer nas especialidades clínicas como cirúrgicas, tecnicamente não existem diferenças significativas quanto à indicação e prescrição de medicamentos em pacientes idosos saudáveis e em pacientes adultos de meia-idade. Ou seja, usaremos medicamentos basicamente para: I. Controle do Processo Inflamatório:

a. Controle da