Teorias Sobre A Industrializa O Brasileira MAMIGONIAN

15527 palavras 63 páginas
MAMIGONIAN, ARMEN.IN: CADERNOS GEOGRAFICOS. N. 2. FLORIANOPOLIS: CFH/UFSC,
MAI./2000.

TEORIAS SOBRE A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

I ­ Teorias sobre a industrialização brasileira e latino­americana

A industrialização brasileira é tema de debate da nossa intelectualidade desde as décadas de 20 e 30. O. Brandão publicou
Agrarismo e Industrialismo em 19261 e R.
Simonsen divulgou em 1939 a primeira história da industrialização brasileira2. Nos dois casos trataram­se de intelectuais engajados, o primeiro, dirigente comunista e o segundo, líder industrial, ambos defensores da industrialização, numa época em que se considerava o
Brasil como “país essencialmente agrícola” e cuja industrialização sofria grandes resistências dos setores ligados à divisão internacional do trabalho, interna e externamente.
Assim, precocemente as esquerdas brasileiras tornaram­se, junto com a burguesia industrial, defensoras do processo de industrialização.
A industrialização brasileira recebeu um capítulo na
História Econômica do Brasil
,
de C. Prado Jr., publicado em 19453 e mais tarde mereceu interpretações mais aprofundadas nos escritos de dois economistas ligados aos órgãos de planejamento governamentais. I.
Rangel e C. Furtado4, publicados na década de 50. Paradoxalmente, o tema da industrialização só despertou o interesse dos professores universitários após a publicação de
Formação Econômica do Brasil
, de C. Furtado, quando o Departamento de Sociologia da
USP entrou no debate, sobretudo F.H. Cardoso e O. Ianni5 . No fundo, até então, a universidade não julgava a temática relevante, pois não percebia as dimensões Mayer, F. (1926)
Agrarismo e industrialismo
. Buenos Aires. Fritz Mayer foi o pseudônimo de Octávio Brandão, de tradição anarquista, que contribuiu

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