Teorias do poder

“Para o Sociólogo, o poder não é um atributo mas uma relação social entre indivíduos ou grupos sociais (…). Toda a relação social (…) pode ser considerada como uma relação de poder.”

O conceito de poder e dominação vem sendo estudado na Sociologia desde o seu inicio. O poder é intrínseco a todas as relações sociais, associado ao rol de interesses individuais que cada um de nós tem na sociedade, que se reflecte no processo de interacção, representando a interdependência e reciprocidade das relações humanas.
Karl Marx abrange na sua obra uma grande diversidade de assuntos, centrando-se nas mudanças económicas dos tempos modernos: o capitalismo e a luta de classes. Para o autor, o capitalismo assenta num sistema de classes (capitalistas/operariado), sendo as relações entre as mesmas caracterizadas pelo conflito, e consequentemente pela existência de uma relação de poder. Estamos perante um epifenómeno na medida em que o poder se restrige à luta de classes.A história da humanidade apresenta-se assim centrada na luta pelos recursos materiais, e é nas sociedades capitalistas que melhor se observa a divergência ao nível da detenção de poder. Através da teoria do valor, Marx explica como os capitalistas detêm poder sobre os assalariados, por não retribuirem na realidade toda a força de trabalho empregue para produzir, esse excedente, a mais valia é apropriada pelos capitalistas, o que leva à acumulção de capital e por conseguinte à concentração do poder nos proprietários dos meios de produção.O Estado surge como produto histórico do aparecimento das classes sociais na sociedade, numa determinada etapa do seu desenvolvimento, e representa o poder de uma certa categoria de homens que é utilizado não em benefício do ordem ou interesse geral, mas sim para governar outros homens recorrendo a um aparelho de coerção e violência que funciona de modo sistemático e permanente. O Estado desempenha igualmente tarefas de administração, que são do interesse de toda a sociedade, mas