Teoria da Estabilidade Hegemonica

TRABALHO DE TEORIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS A RESPEITO DA TEORIA DA ESTABILIDADE HEGEMÔNICA
As formulações de uma política racional e pacifista no período compreendido entre as duas Grandes Guerras - que levaram a crer concepções Kantianas da não existência de conflito entre moral e política, traduzidas em um esforço da Liga das Nações em promover uma paz mundial - se fizeram abaladas às vésperas da Segunda Guerra Mundial. Nesse contexto, ganha espaço o realismo, que considera a busca pelo poder algo inato ao ser humano. Nesse sentido, a teoria das relações internacionais se vincula fortemente à natureza do homem, no qual a busca pelo poder motiva suas ações políticas. Diante disso, a compreensão do poder acaba sendo necessária à visualização do instrumento para se alcançar outros objetivos, os chamados interesses nacionais.
O conceito de hegemonia é uma forma de articulação entre os pressupostos de funcionamento de uma economia internacional liberal e os recursos de poder disponíveis e concentrados em um único Estado1.
O pós Segunda Guerra Mundial revelou ao mundo a ascensão de uma nova potência mundial: Estados Unidos da América. Os Estados Unidos considerados os grandes vitoriosos desse episódio, dobrando seu parque industrial nos anos de guerra, viveram vinte anos de vitória, lucratividade do modelo capitalista, valorização do "American Way of Life", crescimento incontestável de seu poder industrial, financeiro, militar, tecnológico e cultural que contribuiu para sua consolidação como potência hegemônica. Diante de euforias financeiras no cenário capitalista de uma democracia liberal norte-americana , e do fim da Segunda Grande Guerra, preceitos do liberalismo ganharam força. Em contrapartida, passado os "anos dourados", tiveram sua hegemonia posta em xeque. No contexto da década de 70, com a crise cambial do padrão-dólar, o governo norte-americano foi forçado a abrir mão de alguns preceitos do acordo de Bretton Woods, como a paridade dólar-ouro somada