Teoria da Arte - comparando Walter Bejamin e Hans Belting

1238 palavras 5 páginas
UFF – UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Instituto de Artes e Comunicação Social

Teoria da Arte
Prof.: Camilla Rocha Campos

Produção Cultural

Alunos:
Gustavo Portella
Laryssa Maria Brandini

Walter Benjamin, em “A Obra de Arte na Era da Sua Reprodutibilidade técnica” estabelece conceitos essenciais para a compreensão do universo da arte a partir do século XX. Se houve uma época em que a imagem era única, dependente de um artista e pouco acessível para todas as classes da sociedade, após o aparecimento de novas alternativas, como a fotografia, o cinema e o rádio, essa realidade, aos poucos, parece mudar.
“(...) A mão liberta-se das mais importantes obrigações artísticas no processo de reprodução de imagens (...) uma vez que o olho apreende mais depressa do que a mão desenha.”¹ Com o aumento das possibilidades de retratação e criação de imagens, entretanto, surge uma nova questão: a excessiva reprodutibilidade delas. Torna-se tão fácil criar, copiar e distribuir, que algumas obras perdem um valor simbólico, o qual Benjamin chama de ‘aura’. Esta funciona como uma carga que a obra carrega, incluindo sua história com o autor, assim como a própria relação de proximidade com o trabalho, que carrega determinada energia com o espectador. Isso acontece quando se pensa, por exemplo, no valor monetário da Mona Lisa, que é incalculável, principalmente pelo seu valor simbólico, acumulado devido a sua fama projetada durante longos anos. Antigamente, na história da arte, a aura era um fator importante e inseparável. Uma obra poderia relacionar-se com questões muito próximas da vida da população, como, por exemplo, da religião, da vida monárquica e da esfera organizacional da sociedade. Por isso, era comum aquele que via a obra criar um vínculo afetivo com ela, mas com o passar do tempo, esse paradigma parece mudar e, consequentemente, perde-se a importância da aura da obra.
Benjamin atenta para a questão da “arte pela

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