Tecnologias de extração do ouro em minas gerais

O livro Tecnologias de Extração do Ouro em Minas Gerais: os saberes vindos da África foca na extração do ouro e na herança das técnicas feitas pelos próprios escravos, que foram muito importantes para o processo de extração no Brasil colonial. Dividido em três partes, mostra que muitos brasileiros atribuem aos africanos uma importância menor se comparada à que eles realmente têm no processo de extração aurífera. Além do trabalho braçal, cabia aos escravos também a parte intelectual deste processo: eram os negros os responsáveis pelas tecnologias empregadas na mineração.
Para abordar tal tema inovador, o livro usa uma linguagem clara e principalmente didática, utilizando ferramentas como citações, estatísticas e desenhos exemplificando as técnicas.
No primeiro capitulo, as relações entre o Brasil colonial e Portugal são o foco. O livro aborda um pouco sobre a crise na economia açucareira e como isto contribuiu para a descoberta do ouro no Brasil. Mostra também como uma política equivocada de Portugal contribuiu para o declínio cada vez maior da exploração aurífera.
No capitulo dois, as tecnologias empregadas pelos escravos são abordadas. Devido a maior dificuldade em encontrar metais preciosos, era preciso técnicas cada vez mais avançadas na extração aurífera. Tais tecnologias advinham dos negros, ao contrário do que muitos pensam. Como não havia nenhum interesse por parte dos mineiros em utilizar maquinas ao invés de escravos, os africanos ficavam não só por conta do trabalho técnico, como também do braçal. Nesse capitulo são apresentadas diversas exemplificações, desenhos e imagens para facilitar a compreensão do leitor.
Na terceira parte do livro, o trafico negreiro entra em foco. Os tipos de escravos e a habilidade de cada um destes são apresentadas e a importância dos escravos originados da Costa da Mina ficam mais evidentes. Estes tinham certas habilidades técnicas no processo de extração e são descritos como orgulhosos, corajosos e