Tecnica de esmaltação na cerâmica
O esmalte na cerâmica é um revestimento cristalino aplicado sobre os objetos para adicionar cor á superfície, textura ou decoração. Feitos geralmente de pó de vidro combinado com óxidos e elementos como manganês, níquel, cobalto e cromo. Estes são aplicados na superfície da peça cerâmica com pinceis, pulverização ou banho.
Dando sequencia a aplicação, o esmalte é fixado na superfície da peça a partir de uma queima. Com duas queimas é possível conseguir uma maior variação de cores e texturas. A segunda queima é feita com uma temperatura mais alta do que a do biscoito, seu processo deve ser feito de forma lenta para que haja tempo do esmalte se fundir completamente. É o momento em que a peça adquire sua cor definitiva. Caso se utilize um esmalte transparente só será realçada a cor da argila. O aspecto do vidro torna a peça impermeável e com a superfície lisa.
As cores são adquiridas pela adição e mistura de pigmentos coloridos aos componentes do esmalte. São em maioria minerais tóxicos, por isso deve-se ter muito cuidado ao manusear. Quando se usam pigmentos crus, o resultado final das cores torna-se previsível, já que eles são estáveis. Muitas cores podem ser conseguidas dependendo do agente adicionado, de sua composição da base do esmalte, da cor do substrato e do estado de oxidação do forno.
A temperatura do ambiente e outros fatores podem causar variações nas cores do esmalte. Mesmo na queima podemos ter variáveis nas cores do esmalte, dependendo da área localizada da peça dentro do forno. Terminada a queima acontece o resfriamento das peças. Só após a temperatura baixar cerca de 200 °C é que se pode abrir a porta do forno. Após aproximadamente uma hora, pode-se iniciar a retirada das peças.
O resultado varia muito de acordo com cada técnica usada na pintura da peça, queima e resfriamento. Esses 3 fatores são determinantes para adquirir-se o resultado esperado.