teatro vidas secas
Narrador: NA PLANÍCIE avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos...
(entram em cena ,Sinhá Vitória,Fabiano,a cachorra Baleia e os dois meninos,andam com a cabeça baixa e tristes)
(O menino mais velho para de andar e começa a chorar)
Fabiano (gritando) : - Anda, condenado do diabo!!!!! (cutucou o menino com a faca)- - Anda, excomungado.
Narrador: O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça ,pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados no estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena.
(Fabiano pega a espingarda e entregou a sinhá Vitória e pega o filho e o carrega)
(Andam todos juntos e então baleia aparece com um animal na boca,Sinhá Vitória abraça a cachorra Baleia em agradecimento.)
2ºAto:Fabiano
Narrador: Fabiano ia satisfeito. Sim senhor, arrumara-se. Chegara naquele estado, com a família morrendo de fome, comendo raízes. Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta. Ele, a mulher e os filhos tinham-se habituado à camarinha escura, pareciam ratos - e a lembrança dos sofrimentos passados esmorecera.
Fabiano (abaixado,fumando cachimbo e ouve seus pensamentos)
Pensamento: Você é homem Fabiano!!!!Não você é bicho!!!Você é bicho!!!!
( O dono da fazenda aparece e tenta expulsar toda a família mas Fabiano oferece seu trabalho e é contratado)
Fazendeiro: Fora de minhas terras!!!!!!!!!!
Fabiano: Senhor me dá emprego,faço o que for preciso pra alimenta a muié e os pequenos.
Fazendeiro: Então você pode ficar e cuidar da fazenda.
(Sinhá Vitória está no chão agachada e mexendo numa panela no fogão de tijolos)
Fabiano (feliz):Sou vaqueiro e agora posso comprar comida pra minha famía.
3º Ato:Cadeia
Narrador:FABIANO tinha ido à feira da cidade comprar mantimentos.
Precisava