Teatro De Perseguido A Colaborador Dentro Da Cristandade Na Idade M Dia

Teatro: de perseguido a colaborador dentro da Cristandade na Idade Média.

Eric SIMON

Da Origem:

Não é de hoje que sabemos da importância do teatro dentro da sociedade seja ela qual for. Desde os tempos mais remotos da história o homem tem por anseio a representatividade inserida dentro da sua vida. Seja ela por meios que busquem trazer de volta a lembrança de um ente querido como frequentemente acontecia nos funerais chineses, para ilustrar ou fazer se manifestar a presença de um dos vários deuses do antigo Egito ou já com um propósito mais definido como o teatro grego com suas interpretações trágicas ou cômicas que simplesmente distraiam o público ou lhes passava algo mais crítico. Portanto vemos que:

Nessa trajetória o que mais tem sido modificado é o próprio significado da atividade teatral: sua função social [...] esta função social tem provocado alterações substantivas na maneira de conceber e realizar o teatro.

É claro que não somente essas sociedades mais desenvolvidas eram as únicas mantenedoras desse tipo de representação. PADEN em seu livro Interpretando o Sagrado nos remete a algumas tribos do leste africano que utilizavam dessa representação como “teatro social” (2001, p. 81), onde as manifestações religiosas se transformavam em “estratégias de protestos” (2001, p. 81). Nesses cultos, as mulheres, que pouco ou nunca tinha direitos dentro da tribo ou perante o marido se libertavam através da encenação onde recebiam “certas divindades” e podiam aflorar sua liberdade e desejos usando-se de um “personagem”:

[...] essas “estratégias de protesto” – permitem às esposas sob influência dos espíritos atacarem verbalmente seus maridos sem qualquer qualquer espécie de repercussão. O transe dos espíritos se transforma em dramatização social. (PADEN, 2001, p. 82).

Assim, percebemos, então, que o teatro ao longo de sua trajetória teve várias fases, que o fizeram ser crítico, trágico, cômico, romântico ou como forma de busca com algo mais