teatro das oligaquias

1410 palavras 6 páginas
O diretor também quer entrar em cena...

O livro tem como foco central a analise das relações entre as elites políticas e os interesses cafeeiros. Muito embora a primeira política valorizadora tenha sido foco de importantes e densas contribuições por parte de vários estudiosos, acreditamos que o nível de participação de cada estado pactuante precisa ser revisto principalmente no que tange a Minas Gerais. Segundo J. Love, a crise do café prejudicava mais a economia paulista do que a mineira ou a fluminense, em função das diferenças entre as relações de trabalho implantadas em cada unidade federativa. Martins Filho alega que a participação de minas gerais no convenio foi restrita, por varias razoes, destacando-se, entre elas, a relutância paulista em incluir, nas negociações de compra, os cafés de tipos inferiores, levando os mineiros a fazerem uma serie de restrições a operação valorizadora, a atuação de são Paulo foi superestimada, atribuindo se ao estado não so o interesse exclusivo pela política de valorização, como a inteira responsabilidade pelo seu funcionamento, bem como pelos êxitos dela resultantes. Em relação ao estado nacional, sua participação pode ser avaliada como eivada de restrições. O governo federal sofria pressões dos cafeicultores em prol da realização do convenio, de outros setores dominantes não cafeicultores que se opunham ou se mantinham resistentes a operação, alem de ter que atender, com prioridade, aos seus próprios interesses, que nem sempre coincidiam com os interesses mais imediatistas das unidades federadas, no interior do próprio setor cafeicultor os interesses não era homogêneo e se diferenciavam em função da posição que os agentes econômicos assumiram o mercado de café. A partir de meados do século XIX, as regiões cafeeiras de Minas rapidamente se tornaram os pólos econômicos mais proeminentes do estado, produziam alimentos, a pecuária era o segundo pilar da sustentação econômica do estado, mas seu impacto sobre a

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