Tarcisio diogo

A Virtude E a Felicidade

A virtude do homem está relacionada às escolhas que ele faz. Essas escolhas não no sentido de querer ou não um ou outro objeto, mas escolhas no sentido de nossa racionalidade, ou seja, de agirmos de uma ou outra forma. São escolhas que orientam o nosso agir e que estão ligadas a arte de bem viver.
O homem não pode levar uma vida moral como indivíduo isolado, pois vive e é membro de uma comunidade. E como a vida moral não é um fim em si mesmo, mas um meio para se alcançar a felicidade, não se pensa a ética fora dos limites das relações sociais.
Então se nossa vida ocorre em sociedade e nossas ações se dão em relação ao outro com quem convivemos como ser virtuoso, para sermos felizes temos que fazer tudo pensando num meio de atingirmos a virtude.

A virtude e a felicidade.

A virtude é o comportamento mais distante dos extremos de comportamentos possíveis de dadas situações. A virtude encontra-se na mediania entre os extremos: tanto a ausência de exercício físico como o exercício demasiado violento arruínam o corpo. O exercício físico moderado é o comportamento virtuoso. Assim ocorre com as virtudes morais: Creonte pensava apenas no bem do Estado e Antígona no bem da família. Os dois se comportavam de forma não virtuosa, pois seus comportamentos eram extremistas.
A virtude encontra-se em um lugar onde há equilíbrio – ou seja, um meio termo entre as extremidades, que são os vícios. Mas a virtude não está geometricamente no meio de uma linha, não é equidistante. A coragem (virtude) de um soldado está mais próxima da temeridade do que da covardia, por exemplo.
Além disso, a virtude não existe em nós naturalmente. Ninguém nasce virtuoso. As coisas da natureza não podem adquirir hábitos, o homem sim. É preciso aprendê-la. Devemos nós criar hábitos que nos permitam comportar-nos virtuosamente. A virtude é o comportamento em que não há excesso nem carência.
Mas, um homem pode comportar-se de maneira virtuosa e nem por isso ser