Tadao Ando

Realizado por Renata Almeida ‘Arquitectura da Tradição’
Resumo
(pág 7 à 31)

É no cone de luz da diferença entre a visão oriental (adaptação ao exterior para haver um florescer sem constrangimento) e a visão ocidental que situa-se a obra de Tadao Ando ( aquela que obrigar-nos a reconhecer como são inadequados os meios interpretativos de que dispomos). No Ocidente há uma tradição construtiva de obstinada monotonia e repetitividade que assume o aspecto de aspiração à mobilidade, esta, inspira a obra de Ando, que exprime, em seus momentos mais felizes, uma linguagem de rara simplicidade. Ando apresenta duas características principais: a continuidade a tradição construtiva japonesa e a relação que os projetos visam estabelecer com a natureza. Sendo precisamente a percepção da dolorosa precariedade da existência que o induz ao estuda da tradição, caracterizando suas obras como sendo nobres pela expressão de sensações e recordações (principalmente sobre a Segunda Guerra Mundial). Com elaboração de seus mundos fechados, Ando cria uma atmosfera onde a esperança consome-se e a vida encerra-se, solitária e derrotada. Tendo, nos seus momentos de felicidade, a aceitação dessa derrota. As referências formais usadas são atribuíveis as experiências brutalistas e metabólicas, porém diferenciando-se dos modelos que parece imitar ao trabalhar a caixa murtária, já que, recorre à chocante elegância do betão. O uso do betão adquire características individuais com o auxílio da luz, como é observado na Twin Wall. A utilização do betão maciço na fachada minimalista necessitou de uma certa especialização, para que o material alcançasse toda a sua potencialidade e permitir, através do muralismo, que em seus espaços fossem libertados a existência de todas as contingências e a protegidas de toda e qualquer interferência. O uso da grelha torna-se uma estratégia compositiva, assim como A monotonia e a repetição