Síntese ERWIN PANOFSKY

1700 palavras 7 páginas
A Iconografia distingue as obras de arte o significado das obras de arte em oposição quanto à sua forma.
Um conhecido, ao passar por mim na rua, levanta o chapéu. Do ponto de vista formal, isto representa uma alteração de pormenores de uma configuração que constituem o meu mundo visual. Se identificar como um objecto (o cavalheiro) e o seu gesto (levantar o chapéu) como um evento ultrapasso os limites da percepção formal e entrei na esfera do significado. Como este significado é de fácil compreensão é designado como factual: identificação de formas visíveis com certos objectos conhecidos e identificação da alteração nas suas relações em certos eventos ou acções.
Os objectos e eventos identificados vão produzir reacções. A forma como as reacções são produzidas permite avaliar o estado de espírito e a percepção dos sentimentos do outro em relação a mim: significado expressional, apreendido poe empatia, e compreendido pela minha sensibilidade pessoal, resultante da minha experiência prática. Assim, o significado factual e expressional resultam na classe de significados primitivos ou naturais .
Pertence a um domínio distinto de interpretação a compreensão de associar consciente do levantar o chapéu a como um cumprimento, pois tem estar contextualizado na época onde se encontram os sujeitos e nos costumes e tradições de uma determinada civilização, que chamo de significado secundário ou convencional.
O movimento de retirar o chapéu constitui: um evento natural, convencional, indica estados de espírito ou sentimentos, veicula um cumprimento convencional e se avaliado por um observador atento, obter uma percepção da sua personalidade, manifestada sintomaticamente.
O significado intrínseco ou conteúdo, é essencial, enquanto o primário ou natural e o secundário ou convencional são fenoménicos. È um princípio unificador que explica tanto o que é visível quanto o significado inteligível e que determina a forma como sob a qual ocorre o evento.
Na análise de uma obra

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