Síntese da obra Capitalismo Parasitário
Zygmunt Bauman e Tim May; tradução Eliana Aguiar. – Rio de Janeiro:
Jorge Zahar Ed., 2010.
A obra Capitalismo Parasitário trata dos reveses do sistema capitalista que tem por objetivo e natureza principal expandir seus lucros a base da exploração financeira da sociedade tornando-a cada vez mais consumista e embevecida nas promessas de satisfação imediata dos desejos, através de créditos oferecidos a qualquer custo.
A proporção das facilidades de consumo são tão eficientes quanto às aplicações de suas consequências para os inadimplentes a ponto de deixa-los sem teto ou cada vez mais endividados gerando assim medos invisíveis e insegurança não só do civil, mas, também do setor público.
Na sociedade de hoje pouco se fala em reaproveitar, mas, muito em consumir o novo, o lançamento, pois, um dos slogans do novo tempo é “Estar na moda”, até a própria cultura está encapada pelo consumismo pelo desejo imediatista de acompanhar o auge da tecnologia, mesmo que isso ultrapasse suas possibilidades. A própria educação está com suas bases comprometidas com tamanha rotatividade dos conhecimentos e das informações advindos dos meios tecnológicos. Até e principalmente os meios de comunicação sejam eles falados ou escritos têm alienado a sociedade enquanto espectadora para além de consumir o novo também descartar o que não dá resultado em curto prazo, pois, inclusive o tempo tornou-se dinheiro.
A cultura alimentada pelos capitalistas e suas instituições é de que o bom cliente é o “bom devedor” e não mais o bom pagador, pois, para estas sem sombra de dúvidas a sua maior e sustentadora fonte é o lucro advindo das renovações de crédito, empréstimos a fim de o inacabado ser pago por um novo débito com novas e mais extensas prestações a serem pagas, assegurando dessa forma os alcances das metas e longevidade destas instituições financeiras e consequentemente o fortalecimento do capitalismo que só aprofunda