Sociologia

4595 palavras 19 páginas
A JUSTIÇA ARISTOTÉLICA
As primeiras concepções a respeito da justiça surgiram na Grécia Antiga, onde se utilizava a expressão Dikaiosyne para representar a personificação de uma integridade moral relacionada ao Estado e aos governos. O que é justiça? Talvez esta seja uma das indagações mais antigas formuladas pelo homem. Segundo o conceito normativo, "justiça é um fim social, da mesma forma que a igualdade ou a liberdade ou a democracia ou o bem-estar", não se confundindo, porém, com esses outros fins sociais porque se tratam de termos descritivos.
O filósofo ARISTÓTELES, fundador da ética como ciência, em meio à crise ética grega, examina a justiça como uma excelência moral fundamental, a maior das virtudes, na Ética a Nicômaco, Livro V, e, a partir da análise do comportamento justo e do injusto, proclama a justiça distributiva e a corretiva - esta última subdividida em justiça comutativa e judicial - distinção aceita de maneira geral e prestigiada até os dias atuais. Nesse contexto, a partir de formulações geométricas e matemáticas, são examinados o princípio da igualdade, o princípio da atribuição por merecimento, o princípio suum cuique, o princípio da reciprocidade e o princípio da retribuição.
A TEORIA ARISTOTÉLICA DE JUSTIÇA
1 A Filosofia de Aristóteles e a idéia de Justiça
ARISTÓTELES (384-322 a. C.), nasceu em Estagira, cidade macedônica de população grega. Discípulo de PLATÃO (497-347 a. C.) na Academia, em Atenas, foi, depois, mestre de Alexandre da Macedônia. Retornando a Atenas, em 335 a. C., fundou o Liceu. Como novo centro filosófico, o Liceu foi o marco da independência doutrinal de ARISTÓTELES frente aos ensinamentos de PLATÃO. Embora não inteiramente opositor de seu mestre - cuja filosofia se acha impregnada por um idealismo ético intransigente - posto que muitos dos elementos característicos do platonismo são encontrados no pensamento do estagirita. Platão reconhece a justiça como sinônimo de harmonia social, relacionando também esse

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