Sociedade civil

Sociedade civil
 O conceito de sociedade civil tem sido profundamente abrangente no que diz respeito a sua gama de significados. A primeira definição surgiu do filósofo Adam Ferguson, no seu livro "Ensaio sobre a história da sociedade civil", que diz "Sociedade civil é o oposto de um indivíduo isolado", ou seja, alguém que vive numa comunidade. Ele (o homem) desfruta a sua felicidade dentro de certas e determinadas condições, e deve seguir um padrão para colher as vantagens da sua natureza.
 A Sociedade Civil em Hegel: A estruturação desse mundo tem sua primeira esfera na família, cuja função consiste em satisfazer as necessidades primárias e preparar os indivíduos para uma vida partilhada socialmente. Num primeiro momento, os indivíduos buscam formas imediatas de apropriação para realização de seus desejos: a posse e a propriedade. Com isso, passam a ver o outro apenas como um meio para a realização de seus fins particulares, pois possuem o direito de apossar de toda e qualquer coisa que os cerca. Hegel vê essa dialética da divisão social do trabalho como um meio pelo qual os indivíduos aprendem que só através da organização coletiva de suas atividades podem defender seus interesses particulares.

A Sociedade civil em Marx: Marx define a sociedade civil acima de tudo como a arena da luta de classes, associado ao reino privado das relações entre indivíduos, ou seja, um espaço social que foi vagarosamente desvinculado tanto no universo afetivo da família quanto do domínio formal do Estado mediante o triunfo das relações capitalistas de produção na Europa. Nota-se, assim, que para Marx o Estado não expressa uma superação da sociedade civil, mas sim um reflexo desta. Vê-se que, para Marx, a sociedade civil coincide com o momento estrutural.

A sociedade civil em Gramsci: A proposta gramsciana corresponde a participação das massas nas decisões tomadas pelo parlamento e pelo Estado, a legalização e consequente ampliação de vários tipos de associações