Sobre a eternidade do mundo, Tomas de Aquino

Resenha: A eternidade do mundo

O texto de Tomas de Aquino, escrito entre o ano de 1270 e 1271 dialoga com os ditos “Murmurantes” e Santo Agostinho a cerca da eternidade do mundo. Temos como termos de referencia a eternidade, o tempo, a onipotência, Deus, o “o ser e o não ser” e o principio da não contradição, logo temos a necessidade de certos conhecimentos filosóficos para uma compreensão melhor do texto além da compreensão sobre o que Tomas de Aquino tem como eterno que se torna fundamental para todo o entendimento o texto.

No texto a “eternidade do mundo” Tomás de Aquino discursa sobre a possibilidade da existência eterna do mundo, porém acaba esbarrando em problemas lógicos e teológicos e assim chegando a uma questão mais central ainda: seria possível algo criado por Deus ter sempre existido sem que esbarrasse na contradição de conceitos?

A principal questão sobre a possível eternidade do mundo logo se submete a Deus, isto é, Deus criou o mundo, portanto a existência de deus logo se torna um conflito para a prova da eternidade do mundo e também para o seu contrário. Como o mundo poderia sempre ter existido sem que antes deus houvesse existido? Como pode a criação, em duração, preceder o criador? Na outra via temos a seguinte questão: Se deus é onipotente, como pode não ser possível fazer com que a terra tenha existido, se assim Deus quisesse?

Para Tomás de Aquino se mostra possível que o mundo possa ser eterno baseando-se na onipotência de deus, isto é, Deus pode tudo, portanto pode fazer com que o mundo possa sempre ter existido, porém, também se deve examinar se não há nenhuma contradição em si no fato de o mundo ter sido criada por Deus e ainda assim ser eterno.

Logo esbarra em Parmênides e Aristóteles, Ao afirmar que deus por sua onipotência pode criar algo do nada (não ser) e que ao criar algo do nada a importância maior está na causa da substância e não na causa da forma, pois a causa da forma é aquela que tira a potência enquanto a causa