sinopse do filde o preco do amanha

Introdução, Bases Teóricas e Provocações Reflexivas
MÓDULO I
1 APRESENTAÇÃO
É conhecimento inegável que, a todos os seres humanos, a comunicação é necessária ao desenvolvimento da vida. Mesmo em tempos remotos, quando o homem ainda não dispunha de uma representação escrita de seus desejos, intenções e necessidades, a comunicação já existia, seja na base de expressões corporais (como os gestos), seja na forma de vocalizações (de início, os grunhidos, os gritos; em seguida, as nomeações dos objetos e espaços que circundavam os humanos e, posteriormente, a formação das primeiras frases).
Naquela época, muito da comunicação humana estava embasada no império dos sentidos e da satisfação das necessidades fisiológicas básicas. Assim, o homem aprendeu a indicar a seus semelhantes quando sentia fome, sede, dor, alegria, insatisfações gerais e até mesmo a realização da cópula. Na chamada pré-história, então, o homem aprendia, na interação com os outros, a indicar – mesmo que de forma mais animalizada – o que o seu corpo necessitava.
Na medida em que as aglomerações humanas – os grupos sociais – expandiam-se em número e entravam em contato com outros grupos advindos de diferentes regiões geográficas (já que a maioria dos primeiros grupos humanos era nômade), tornou-se fundamental que a comunicação fosse estipulada através de formas mais gerais e compartilhadas. Tão logo o nomadismo deixou de ser uma opção favorável à sobrevivência do grupo e as primeiras vilas são formadas – originando, futuramente, as primeiras cidades organizadas – também a comunicação precisou ser revista e adaptada às novas condições, gerando as primeiras línguas. Tais línguas eram necessárias, em especial, para promover o entendimento nas relações comerciais (compra e venda de produtos), nas relações políticas (as formas de governo de determinado grupo social) e nas relações tradicionais (entendidas como o conjunto de práticas e conhecimentos passados de pais para filhos,