sindicalismo

FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO - FESPSP
ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA

Paulo Soares CORREIA

Crise ou declínio do sindicalismo: Eis a questão.

Capitulo 1 do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como avaliação parcial na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, ministrado pela Prof. Rosemary Segurado.
Ref. 8º Semestre – noturno

Orientadora: Prof.ª Carla Regina Mota Alonso Diéguez

São Paulo
2013
Capítulo 1
Recuperando o debate sobre a centralidade do Trabalho

O presente capítulo pretende revisitar o debate sobre a crise da sociedade do trabalho. A sociedade de trabalho como conceito ontológico seria uma tautologia, pois, na história até agora transcorrida, a vida social, quaisquer que sejam suas formas modificadas, apenas podia ser uma vida que incluísse o trabalho. Somente as idéias ingênuas do paraíso e o conto do país das maravilhas fantasiavam uma sociedade sem trabalho. (KURZ, 1996:26)

Muito embora concordamos com o autor de “O Colapso da Modernização”, mas as modificações que ocorreram no trabalho que vão desde a hipermobilidade do capital, transformações recentes na organização da produção e do processo de trabalho, são utilizados como explicações para a crise dos movimentos de trabalhadores.
Só foi possível discutir se o trabalho é categoria central para sociologia, porque o próprio trabalho passou por modificações que criaram impactos, levando os analistas a questionarem sua relevância para o entendimento da sociedade.
Por isso consideramos importante recuperar o debate sobre a centralidade do trabalho, pois este debate mesmo com pontos de vista diferenciados refletem o momento de modificações e transformações que colocaram o movimento dos trabalhadores em crise na sociedade atual.
Procuraremos demonstrar nesse capítulo, que as análises de GORZ (1982), OFFE (1989) e HABERMAS (1987) mesmo tendo conhecimento das dimensões do trabalho