Serviço social e a ditadura
1) Segundo Schwarz, em Cultura e Política: 1964-1969, o contexto brasileiro foi marcado por experiências de resistência política e cultural que firmaram sua radicalidade crítica mais além da ideologia. Nas suas palavras, no entanto, “só no momento em que nalgum ponto rompesse com o sistema de conciliações então engrenado, que não obstante lhe dava o impulso, a produção da esquerda escapava de ser pura ideologia. Isto se dava de muitas maneiras.” Fale sobre a produção político-cultural que fez Schwarz afirmar que os anos pré-1964 foram “tempos de áurea irreverência”, em que o país estava “irreconhecivelmente inteligente”.
No pré-64 existia uma produção pelos partidos de esquerda que formavam a hegemonia cultural, na qual eram compostas por estudantes, sociólogos, economistas e outros intelectuais. Trazia uma produção ideológica e também uma reprodução das experiências e uma pratica de algo que trazia um tipo de resistência a modernização de vida social, era uma produção político cultural de resistência. O tropicalismo é uma forma de resistência que se dá de 1964-1968.
No Rio de Janeiro os CPC (Centro Popular de Cultura) improvisavam teatro político em portas de fábrica, sindicatos, grêmios estudantis e na favela, começavam a fazer cinema e lançar discos. O autor ainda coloca sobre os pensamentos anti-capitalismo, onde a sociedade capitalista precisava ser mudada. O pensamento pré-revolucionário enchia os jornais de reforma agrária, agitação camponesa, movimento operário, nacionalização de empresas americanas, entre outros. “O país estava irreconhecivelmente inteligente” - afirmou-se isso pelas lutas que traziam caráter de pré-modernidade (crítica social) -. O jornalismo político dava um grande salto nas grandes cidades, bem como o humorismo. As ligas romperam com os partidos, pois os objetivos delas eram: comer, colher e viver.
Apesar do intuito, que era revolucionar e lutar pelas classes, não havia