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Gardner desenvolve a Teoria das Inteligências Múltiplas e contesta os testes de Q.I. (Quociente Intelectual) desenvolvido pelo psicólogo francês Alfred Binet, em 1900, “para separar crianças com retardo e classificar crianças adequadamente em sua série correspondente” (GARDNER, 2002) e utilizado posteriormente para medir a inteligência de soldados após a I Grande Guerra Mundial. A sua contestação volta-se, principalmente, para o enfoque exclusivo das abordagens lingüística e lógico-matemática privilegiados nos testes de Q.I.
“... as abordagens de QI, a piagetiana e a de processamento de informações, todas focalizam um determinado tipo de solução de problemas lógico ou lingüístico; todas ignoram a biologia; todas falham em lutar corpo-a-corpo com os níveis mais elevados da criatividade; e todas são insensíveis à gama de papéis relevantes na sociedade humana. Conseqüentemente, estes fatos geraram um ponto de vista alternativo que focaliza precisamente estas áreas negligenciadas.” (GARDNER, 2002, p. 19)
GARDNER (2002, p.46) entende por inteligência “a capacidade de resolver problemas ou dificuldades genuínos que ele encontra e, quando adequado, a criar um produto eficaz – e deve também apresentar o potencial para encontrar ou criar problemas – por meio disso propiciando o lastro para aquisição de conhecimento novo.
Gardner cataloga sete inteligências: lógico-matemática, lingüística, musical, corporal-cinestésica, espacial e pessoal (esta última consolida a interpessoal e intrapessoal). Em suas pesquisas, ele estudou o desenvolvimento de diversas habilidades em crianças superdotadas e em crianças normais; a não perda da intensidade da produção intelectual de adultos com lesões cerebrais; populações ditas excepcionais, como autistas, e suas habilidades intelectuais; como ocorreu através dos milênios, o processo de desenvolvimento cognitivo. "Gardner retrocedeu em seu trabalho para chegar às inteligências que deram origem ao desenvolvimento