Seminario Echinococcus Granulosus 2

Echinococcus granulosus

A hidatidose é conhecida desde os primórdios da civilização ( antes de Cristo), porém, apenas por volta de 1780 relacionou-se as "vesículas cheias de água" em humanos e carneiros, com os pequenos vermes no intestino dos cães (equinococose).
Na América do Sul, os primeiros relatos de hidatidose datam de 1860 e 1870, sendo que no Brasil, os primeiros registros de hidatidose ocorreram no início do século XX.
O gênero Echinococcus pertence ao filo Plathyhelmintes, classe Cestoda, família Taeniidae sendo conhecidas quatro espécies, cujo estágio larval pode parasitar humanos:
Echinococcus granulosus, Echinococcus multilocularis, Echinococcus vogeli, Echinococcus oligarthus. Dessas espécies, a E. granulosus é a mais importante tendo em vista sua ampla destribuição geográfica e importância econômica.
O ciclo de vida do Echinococcus sp. envolve dois hospedeiros, e por isso é um ciclo biológico heteroxeno. O verme adulto vive no intestino delgado do cão e outros canídeos e a forma larval desenvolve-se principalmente no fígado e pulmão dos hospedeiros intermediários, que podem ser ovinos, bovinos e humanos.
O cisto de E. granulosus é unilocular, de forma sub-esférica e repleto de líquido hidático. O cisto consiste de uma membrana germinativa suportada externamente por uma camada laminada acelular, a qual é, por sua vez, envolvida por uma camada adventícia produzida pelo hospedeiro. Na membrana germinativa formam-se as cápsulas prolígeras, onde se originam os protoescólices . Estes podem se desenvolver no verme adulto quando ingeridos pelo hospedeiro definitivo. Quando atingem a maturidade, os vermes adultos (larva) liberam a última proglote repleta de ovos, os quais são eliminados com as fezes e podem, então, ser ingeridos pelo hospedeiro intermediário. No estômago e intestino delgado eles eclodem e penetram na parede intestinal, atingindo o fígado ou pulmões através da circulação. Nestes órgãos inicia-se o desenvolvimento que levará à formação do