Segunda Guerra Fernandina (1372-1373)

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Segunda Guerra Fernandina (1372-1373)
A segunda Guerra Fernandina teve como principal motivo os incumprimentos de D. Fernando face ao tratado que pôs termo à primeira guerra Fernandina. Face às desculpas de “mau cumpridor” apresentadas por D. Fernando, Henrique II, que tinha sido aconselhado pelos seus conselheiros a esperar pelo verão de 1373 para invadir Portugal, preferiu seguir a sugestão de Diogo Lopes Pacheco1 e invadiu Portugal sem aviso prévio em 1372, dirigindo-se para Lisboa. Entrou em Dezembro em Portugal e seguindo pela Beira depressa chegou a Viseu onde se lhe terá juntado D. Dinis de Castro. Seguindo depois caminho por Coimbra, depressa chegou a Santarém2. Apanhado no meio deste ataque súbito de Henrique II, D. Fernando tinha pouco tempo para organizar a sua defesa. Logo o monarca português convocou o máximo de gente que conseguisse e, depois de pensar numa primeira tentativa de retaliação em Chão de Couce, repensou o plano e mudou a defensiva para Santarém.
Ao saber desta acção de D. Fernando, Henrique II foi de encontro com as tropas do monarca português e esperou cerca de dois dias que lhe fossem dar batalha, facto que não aconteceu. Ao tomar esta decisão, D. Fernando mandou regressar muitas das tropas que chamara e, Henrique II ao ver este panorama decide então marchar sobre Lisboa, estando a 23 de Fevereiro de 1373 às portas da cidade. Lisboa, que não tinha qualquer tipo de segurança a não ser a velha cerca3, ficou logo em apuros, sentindo-se impotente para suster a ocupação da maior e melhor parte da cidade pelo exército castelhano, isto enquanto o resto da urbe era submetida a um apertado cerco. Depois de combates menores, que eram em terra (com especial atenção para o assalto e consequente rendição de Cascais), como no Tejo, e depois de uma incursão castelhana pelo minho4, a cidade de Lisboa começou a fraquejar, com a resistência a mostrar-se impossível.
Vendo a situação, ao monarca castelhano apenas lhe restava esperar que a cidade

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