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A decadência da escolástica
No final da Idade Média, a escolástica padecia com o autoritarismo de seus seguidores, o que provocou nefastas consequências no pensamento filosófico e científico. Posturas dogmáticas, contrárias à reflexão, obstruíam as pesquisas e a livre investigação. O princípio da autoridade, ou seja, a aceitação cega das afirmações contidas nos textos bíblicos e nos livros dos grandes pensadores, sobretudo Aristóteles, impedia qualquer inovação.
O rigor do controle da Igreja era exercido nos julgamentos do Santo Ofício (Inquisição), órgão que examinava se as doutrinas eram heréticas ou não. Conforme o caso, os livros eram colocadosno Index (Índice), lista das obras proibidas ou, quando aprovados, recebiam a chancela Nihil obstat ("nada obsta", "nada contra"). Se a acusação fosse muito grave, instaurava-se o julgamento do autor.
Foi trágico o desfecho do processo contra Giordano Bruno (séc. XVI), acusado de panteísmo e queimado vivo por defender com exaltação poética a doutrina da infinitude do Universo e por concebê-lo não como um sistema rígido de seres, articulados em uma ordem dada desde a eternidade, mas como um conjunto que se transforma continuamente.
A lembrança ainda recente desse acontecimento talvez tenha levado Galileu, no século seguinte, a abjurar suas convicções, por temer o mesmo destino de Bruno.
Um balanço final
Neste capítulo examinamos as concepções de ciência dos filósofos da Grécia Antiga, que se distanciaram das explicações míticas, buscando uma explicação racional para o princípio de todas as coisas, no esforço para compreender o mundo com base nas causas e para tecer teorias coerentes.
Vimos também como essas teorias repercutiram na Idade Média, evidentemente adaptadas às verdades da fé cristã, mas com realce para a heterogeneidade dessas ideias. Assim, desde os sábios de Alexandria na Antiguidade, passando pelos árabes e pelos franciscanos da Escola de Oxford, percebemos diferentes esforços para a instauração de

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