Rota e prospectiva de um projeto marxista
INTRODUÇÃO
No texto de José Chasin, ele introduz a ideia de analítica paulista , que se afirmou no fim dos anos 50 e daí por diante, como uma modalidade epistêmica de aproximação e apropriação seletiva da obra marxiana de maturidade. Isso compreendeu, pela mesma via, a exclusão praticamente completa dos textos de Marx dos anos quarenta, sob o entendimento de que eram caudatários da antropologia feuerbachiana.
Expondo outras opniões, como a de Schward e Arantes, o marxismo da analítica paulista se teria revelado estreito em seu feitio científico, pecando por não ter feito a critica do capitalismo a partir do fetichismo da mercadoria e também por haver ignorado a reflexão frankfurtiana. Entretanto, Foram consideradas inelegíveis por se tratar da “ontologia positiva do trabalho”. Pois, em Marx não há uma ontologia do trabalho, ou seja, uma composição ontológica urdida, supostamente, a partir de um igualmente hipotético paradigma do trabalho, nem muito menos qualquer ontologia do trabalho restrita à sua positividade. Todavia, há o estatuto de uma ontologia social, no qual o trabalho é a categoria central ou fundante.
Observado o tratamento da analítica paulista no caso brasileiro, ela sofreu e expôs mais ostensivamente as consequências do marxismo adstringente. Quanto aos influxos do processo brasileiro, a pedra de toque foi o esvaecimento, desde fins da década de 50, da perspectiva otimista do desenvolvimento pautava sua conduta, posta a reboque da dinâmica virtual do industrialismo e de suas implicações internas e externas. Antes, na década e meia entre o final da guerra e os últimos anos 50, predominara e expectativa de que a difusão industrial daria corpo ao crescimento auto-sustentado que, sob os estímulos do mercado interno, levaria automaticamente. CONCEITO DE PLURALISMO
Segundo o autor, o pluralismo é defendido como um princípio racional, fundado na suposta igualdade do entendimento nos