Revolução passiva

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A Revolução Passiva defini-se em duas linhas: num primeiro momento ocorre uma revolução sem participação das massas, segundo um progresso que impede as classes de avançar abertamente. Diferentemente de uma revolução popular, feita “de baixo para cima”, a “revolução passiva” “revolução restauração” ou “transformismo”, pressupõe sempre a presença de dois momentos: o da “restauração” (consertar reparar, e reagir para que esta a efetiva organização e ou mobilização dos de baixo, não se desdobre numa revolução concreta, ou seja, numa revolução radical que possibilite a alteração das relações sociais vigentes, colocando em cheque ou ameace o sistema capitalista), e o da “renovação” ou seja atendendo a algumas demandas ou reivindicações destas classes,cooptando a classe subalterna através do paternalismo, transmitindo a ideia de um Estado benemerente, excluindo-a da participação, desmobilizando a mobilização desta camada e fortalecendo a classe dominante.
O modelo de “revolução passiva” foi a forma encontrada pela burguesia brasileira para fazer a transição para o capitalismo, cujo Estado tem um papel central: a modernização capitalista brasileira – industrialização, urbanização e estrutura social complexa – foi implementada pelo Estado. Não houve uma “revolução burguesa” no Brasil, a transformação capitalista aconteceu a partir de acordos entre frações das classes que dominavam economicamente, à exclusão dos movimentos populares, do emprego dos aparelhos repressivos e da intervenção econômica do Estado. A propriedade latifundiária transformou-se, rapidamente, em empresa agrária e o capital estrangeiro no acelerador da industrialização, e o povo brasileiro não tomou parte nessa empreitada. Em todos os momentos importantes da história do Brasil foram encontradas formas de excluir o povo e de as elites se recomporem ou fazerem alianças para continuar no poder, ou seja, de fazer uma “revolução passiva”. O conceito gramsciano de “revolução passiva” aplicado ao caso

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