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Seção Aprendendo

Rev Med (São Paulo). 2006 out.-dez.;85(4) edição comemorativa:124-9.

Mecanismo de ação da insulina*
Isaias Raw(1);
Rev Med (São Paulo). 1948;32:199-210

Há mais de sessenta anos, Von Mering e
Minkowsky fizeram suas primeiras experiências em animais pancreatectomisados, trabalhos êstes que há vinte e cinco anos atrás culminaram com a descoberta por Banting e Best,da Insulina.
Até o aparecimento dos trabalhos sôbre metabolismo intermediário, graças a Warburg,
Meyerhof, Cori, e outros hábeis pesquisadores, pouco se pode progredir no estudo do modo de ação do hormônio pancreático. Entretanto ainda hoje, em que se registram na literatura milhares de trabalhos sôbre metabolismo dos glícidios, podemos dizer que quase nada está assentado sôbre este problema. Muitos dados foram obtidos, mas todos êles devem ser. tomados com reservas. Primeiramente devemos notar que o organismo animal é um sistema muito complexo, onde existe um sem número de intercorrelações, regulações fisiológicas e mecanismos de defesa. Muito comumente, o pesquisador procurando dar uma explicação simples aos fenômenos ocorridos no decurso de suas experiências, esquece-se que os seus resultados representam uma soma de reações isoladas, um resultado final de muitos atos fisiológicos. Assim
(durante muito tempo atribuia-se os sintomas da pancreatectomia unicamente a falta de insulina (uma vez que a única lesão era a falta do pâncreas, e a administração de insulina reconduzia o animal ao estado normal) deixando-se de levar em conta o aumento relativo dos efeitos das glândulas de ação oposta, isto é, hipófise, supra-renal e tireóide.
Por outro lado, não devemos deixar de assinalar que a grande maioria de experiências “in vitro”, são feitas em condições muito distantes das fisiológicas. Os métodos empregados, particularmente os de rotina nos laboratórios de

pesquisa metabólica, como o método das lâminas de tecido de Warburg ou o homogeneizado de Rotter, nos revelam apenas o que os tecidos

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