retorica

Univers idade F ederal do R io G rande do S ul
Ins tituto de F ilos ofia e C iências Humanas
P rograma de P ós G raduação em His tória
T eoria e Metodologia II‐ L inha C ultura e R epres entações
O s limites da narrativa his toriog ráfic a e
A retóric a c omo res pos ta
D ébora R egina V ogt
S eria o pas s ado apreens ível? A pergunta é cara aos his toriadores , mas pode caus ar es tranhamento aos leigos na área. Afinal, o que faz emos após anos de leituras , tardes em arquivos e dis cus s ões intermináveis , s e duvidamos de nos s a capacidade de “dar vida” ao pas s ado? S abemos que a res pos ta à primeira ques tão apres entada não é s imples e tem rendido debates intermináveis para os que s e interes s am em es tudar e es quadrinhar os limites de nos s o conhecimento.
T rabalhamos s obre fontes , que teoricamente s eriam “pedaços ” des s e pas s ado, mas s eriam elas mes mas compreens íveis e aces s íveis na cons trução de nos s as narrativas ? T endo as ques tões acima como eixo, nes te ens aio quero levantar algumas reflexões a res peito de nos s o faz er como his toriadores , dos limites da narrativa e da retórica como pos s ibilidade de res pos ta a nos s as indagações .
No início de nos s a cons tituição como dis ciplina, bus cando dar ao conhecimento his tórico um padrão científico, his toriadores procuraram objetivar nos s o s aber. O his toriador devia s e anular, apres entar o pas s ado “em s i”, “deixar as fontes falarem”, s em a intervenção daquele que ia dis torcer o pas s ado s e “o tocas s e”. C omo um químico que em laboratório mis tura as s ubs tâncias , as obs erva e faz anotações , nós limparíamos o documento e os apres entaríamos ao leitor, s em dis torções , a fim de contar “o que realmente aconteceu 1”.
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A fras e repetida à exaus tão refere‐s e à concepção his tórica de L eopold von R anke (1795‐1886). E le foi um dos principais res pons áveis pela formação da his toriografia crítica na Alemanha.

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