RESUMO

Robert Venturi – HISTÓRIA

Robert Venturi foi um dos pioneiros da crítica modernista. Ele repudia a demasiada simplicidade da arquitetura moderna, por isso altera a máxima modernista “menos é mais” para “menos é chato”. O arquiteto norte-americano defende uma arquitetura em que o edifício seja um meio comunicador, por isso quebra convenções, foge ao óbvio, muda as funções de certos elementos, valoriza o uso de símbolos e letreiros. E ainda, em seu livro Aprendendo com Las Vegas, analisa a Las Vegas “Strip” a qual, em sua opinião, retrata o futuro das cidades. Sua arquitetura passa a ser símbolo no espaço antes de ser forma no espaço.

- Vanna Venturi House (Fase inicial)
A casa projetada para sua mãe é uma ótima ilustração do seu ideário complexo e contraditório. A casa prioriza mais o observador que o próprio usuário, pois tudo nela tem algum propósito comunicativo. É uma construção com alusão à arquitetura clássica – fachada de acesso, por exemplo - já que comporta centralidades e simetrias, no entanto, elas são apenas aparentes (o que instiga o observador a olhar para casa mais profundamente e não apenas com uma visão superficial). Essa edificação foi pensada a partir da planta. Um retângulo (alusão a uma construção convencional) com dimensões domésticas que antecipam a ortogonalidade que prevalece. Essa planta baixa admite uma dupla frontalidade. Os cômodos são vistos como cenários diferentes, porém Venturi consegue, habitualmente, fazê-los coexistir, sem destruir o sentido de unanimidade que garante identidade a essa obra. Além do uso do “frontão quebrado”, outro elemento com que Venturi brinca é quanto a quantidade de águas no telhado (a disposição das fachadas fragmentadas permite essa dúvida). Ele brinca ainda, com as janelas. Cria um desequilíbrio: de um lado há cinco janelas, do outro apenas uma. A moldura das janelas não é única, é solta, separada. Diante disso, podemos perceber pilares da teoria na fase inicial dos trabalhos venturianos.
- ISI