Resumo áfrica

O texto aborda primeiramente a deficiência e limitação das primeiras impressões que o Ocidente recebeu acerca da África, explicado pelo fato de o primeiro conhecimento produzido sobre o continente ter sido feito pela elite de mercadores e funcionários coloniais, A visão mais comum a respeito da África é a de povos pré-históricos, uma sociedade anterior à civilização, tal entendimento da sociedade africana foi devido à incapacidade dos europeus de compreender formas de organização social que fossem diferentes daquela por eles conhecidas. Além do conceito elaborado por Claude Levi-Strauss, o texto aponta muitos exemplos de etnocentrismo.
A mídia e a indústria dos anos 50 e 60 divulgaram intensamente uma visão etnocêntrica como todo conhecimento científico a que se tinha acesso na época. Filmes como Zulu, Hatari, Jim das Selvas e mesmo animações para crianças retrataram e propagaram conceitos limitados de clareza, valores contraditórios nas relações entre homens brancos e os negros africanos.
Alguns autores, particularmente sociólogos e antropólogos, fizeram análises que explicavam a África de um ponto de vista diferenciado, destacando primeiramente papel do Estado na sociedade, ou seja, sociedade de Estado versus sociedade sem Estado. Assim, a sociedade africana era de linhagem. Às vezes, uma dinastia, onde uma família principal exercia maior poder político e territorial e às vezes uma sociedade embasada numa estrutura familiar que desembocava em amplas linhagens.
Uma sociedade de linhagem tem um modo diferente do modo capitalista de gerir e circular seus bens e ressaltar seus valores. Na dinâmica social das pessoas mais jovens e mais velhas, estabelecia-se um sistema de dons (bens) e contradons, onde receber sem devolver simbolizava dependência, e dar, significava superioridade.
O poder e prestígio dos idosos repousavam não na força física ou militar, mas no receio coletivo acerca do conhecimento sobre algo específico, como a tradição dos costumes, as