Resumo A Família de Olhos

3. A Família de Olhos:

Poema: Os Olhos dos Pobres

Sentados em um café em um bulevar novo, um casal apaixonado troca palavras de amor e troca olhares apaixonados. O olhar do homem, narrador, passa a olhar nos olhos de uma família aparentemente pobre que esta diante deles na calçada. O olhar desse pai e dos seus dois filhos é sofrido, deixando claro a diferença entre esses dois mundos. O narrador por causa disso se sente incomodado e passa a imaginar o que está passando no olhar dessa família, e acaba criando uma intimidade grande com esse momento. No instante que ele volta a olhar para a sua “amada” ela diz: “Essa gente é insuportável, com seus olhos abertos como portas de cachoeira! Não poderia pedir ao maître para os tirar daqui?”.
Decepcionado, o narrador coloca em pauta a dificuldade que as pessoas tem de se compreender uma com as outras, de se comunicar pelo pensamento mesmo com quem mais amamos.

Haussman, prefeito de Paris, criou um projeto e realizou uma reforma em Paris, um novo espaço urbano que contava com a modernização a partir da criação de bulevares, mercados centrais, pontes, esgotos e entre outros. Para as pessoas isso tem um grande efeito, a cidade trás novidade, multidão, luzes, a modernização.

O que fica em evidência no poema são os bulevares que revelam as ironias e contradições da nova cidade moderna, trata-se do incômodo encontro entre personagens de mundos separados. De um lado o o romantismo que aproveita do novo café na esquina de um bulevar e de outro lado uma pobre família que observava perplexa a beleza do local.

Baudelaire diz então que não tem como assimilar os pobres com o conforto de qualquer família e que não existe nenhum tipo de repressão que tire os pobres de cena por muito tempo então surge a questão “será que o homem apenas viu no olhar da amada uma parte de si que ele não quer enfrentar?”