Resumo Política Como Vocação
A obra “Ciência e Política: duas vocações”, do alemão Max Weber, propõe de uma forma simples e direta uma análise sobre política como vocação, sob o ponto de vista do sociólogo. Max Weber mostra uma nova forma de constituir e compreender Estado e política, onde política é um ser dominante do Estado, e o Estado que tem como “instrumento normal do poder”, o uso legítimo da força, ou seja, o ser dominador. A política então tem um conjunto de medidas estruturadas que o Estado dispunha para governar. O
Estado consiste em uma relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência legítima, ou seja, só existem a partir do momento que os dominados se submetem à violência considerada legítima de quem é a autoridade, de quem está no poder. Para Weber, há duas formas de se fazer política, vivendo “para” a política ou vivendo “da” política. Vivendo
“para” política são indivíduos que se colocam a serviço de uma “causa” que dá significação a vida, ou seja, os que têm um ideal para servir a política. Os que vivem “da” política são aqueles que encontram nela uma fonte de rendas.
Weber sustenta que a abordagem ética da política apresentaria uma série de peculiaridades. Ele diz que, na política, muitas vezes o “bem” pode gerar o
“mal”. A raiz da “vocação” está intimamente ligada do tipo de dominação carismática. Os homens não obedecem ao líder carismático em virtude da tradição ou da lei, mas porque acreditam nele. Weber afirma que um dos desafios do político vocacionado é o de superar um inimigo bastante comum e demasiado humano: a vaidade.
WEBER, M. Política como Vocação. In:___Ciência e Política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2005
Palavras chaves: Estado; Política; Vocação; Força; Dominação; Ética