Resumo: Perspectivas e desafios para o jovem arquiteto no Brasil. Qual o papel da profissão? (João Sette W. Ferreira)

302 palavras 2 páginas
Em "Perspectivas e desafios do jovem arquiteto no Brasil. Qual o papel da profissão?" De João Sette W. Ferreira, publicado na revista AU de setembro de 2010, vemos a discussão sobre o que é ser arquiteto no mercado de hoje e sob quais perspectivas de trabalho o estudante de arquitetura se forma.

Sob a visão do autor, o arquiteto, e mesmo o estudante, sonha com um mercado elitizado de projetos autorais voltados para um pequeno grupo de alta renda. O endeusamento da profissão do arquiteto, principalmente mostrado nas capas de grandes revistas sobre o assunto, leva a crer que a arquitetura autoral é o único ramo de prestígio da profissão. Assim, todo o estudante e profissional acredita que pertencer ao Olimpo de arquitetos é o único meio de garantir sucesso e realização.

Com essa visão, a arquitetura social é deixada de lado, vista principalmente como algo que não vale a pena ser feito. Assim, grande parte da população vive de maneira precária, sem ter nenhum acesso à arquitetura de qualidade. O mercado imobiliário de hoje, mesmo o voltado para as classes menos abastadas, visa basicamente o lucro, verticalizando, cobrindo o solo, murando os empreendimentos em verdadeiras prisões e renegando a própria cidade.

Os arquitetos, porém, não são os únicos culpados pela elitização e pelo crescimento acelerado e sem planejamento. A sociedade em geral, as universidades e o governo aceitam e contribuem para esse estado crítico em que vivemos hoje.

Em programas como o Minha casa, Minha vida, voltados para a classe baixa, a importância da arquitetura é desconsiderada. Assim, o mercado popular deixa de incorporar a qualidade arquitetônica na hora de construir os grandes empreendimentos. Vemos portando uma "arquitetura" medíocre que basicamente carimba o mesmo prédio ou a mesma casa em diversas localidades, sem se adequar a questões únicas de cada lugar.

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