Resumo documentario "pierre verger mensageiro entre dois mundos"
1º período psicologia/noturno
O documentário “Pierre Verger mensageiro entre dois mundos” retrata a vida e obra de Verger, e como as duas se fundiram para formar um trabalho antropológico extremamente rico sobre o candomblé e a cultura afro-brasileira. Verger um fotógrafo francês que viajou o mundo, chega à Bahia na década de 40 e imediatamente se encanta pela cultura local, passando a observar e pesquisar sobre o candomblé. Verger não vivia no mundo do candomblé por simples curiosidade, mas sim porque gostava segundo suas próprias palavras, isso pôde lhe propiciar não somente uma inserção no grupo social, mas também, uma imersão na cultura desse grupo. Esse tipo de trabalho de campo feito por Verger é abordado por Vagner Gonçalves da Silva em seu texto “Observação participante e escrita etnográfica” como observação participante. Essa observação segundo Vagner é o ato do pesquisador conhecer e se familiarizar com o universo cultural do grupo bem como, o grupo mobilizar-se para tornar o pesquisador um sujeito socialmente reconhecido. Verger se torna reconhecido pelo grupo, quando se inicia no terreiro de candomblé Opo Afonjá, através do jogo de búzios e sua respectiva consagração á uma divindade do candomblé, Xangô, tornando-se assim parte da rede de relacionamentos pessoais e míticos do grupo bem como passa a participar dos elementos da cultura do grupo, segundo os próprios integrantes do grupo, Verger é reconhecido como a pessoa que mais entrou no axé, no bambá da coisa, sempre agindo de forma tranqüila e tratando com respeito a cultura do qual participava. Vagner em seu texto levanta um questionamento feito por parte do meio acadêmico, se à necessidade desse tipo de imersão feita por Verger para realização de um trabalho de campo e responde a esse questionamento usando o resultado do próprio trabalho de Verger juntamente com outros pesquisadores como Roger Bastide,