Resumo Do Livro Mito Do Progresso

O objetivo do conhecimento científico seria a apresentação ordenada e racional da realidade empírica e não o conhecimento da totalidade em seu movimento e interação.
Chegamos, então, ao mito do progresso em Weber. A ciência não teria nunca condições de fornecer um significado último para a vida, pois "a crença no valor da verdade científica é produto de determinadas culturas, e não um dado da natureza"
O culto ao capitalismo comporta certas divindades que são objeto de adoração como as notas de dinheiro (imagens dos santos). O dinheiro (o deus Mammon) ... O capitalismo é a celebração de um culto sem trégua e sem piedade. Não há dias comuns, nenhum dia que não seja de festa ... da pompa sagrada, da extrema tensão que habita o adorador, (apud Lõwy, 2005b, p.6)
Benjamin argumenta que os capitalistas puritanos aboliram a maioria dos feriados católicos, considerados culto ao ócio; as práticas capitalistas não conhecem pausa, dominam a vida do indivíduo da manhã à noite, do berço ao túmulo, inspiradas na redenção ao pecado original. Ele trata essa questão como um sistema dinâmico em expansão global, do qual ninguém pode escapar. Imagine-se o tom de sua análise se ele estivesse viven-do à época dos telefones celulares e da internet. Outra caracte-rística que ele aponta no capitalismo é a capacidade de culpabi-lizar. Nesse ponto, ele se aproxima muito de Nietzsche, como veremos no capítulo final.
A idéia de que o homem tem deveres para com as posses que lhe foram confiadas e às quais ele está subordinado como um in-tendente devotado ... pesa sobre sua vida com todo seu peso géli-do. Quanto mais aumentam as posses, mais pesado torna-se o sen-timento de responsabilidade ... que o obriga, para a glória de Deus
... a aumentá-las por meio de um trabalho sem descanso, (apud
LOwy, 2005b, p.6)
O mito do capitalismo racional previa que o progresso ocor-reria consolidando-se um ciclo virtuoso de crescimento econô-mico baseado no fordismo e no taylorismo como processo de produção.