Resumo do livro de Chartier
A obra A aventura do livro: do leitor ao navegador apresenta as transformações da escrita até a chegada da internet. O autor faz uma comparação da revolução eletrônica com a revolução de Gutemberg em 1450 onde foi introduzida a prensa o que modificou enormemente a cultura da escrita com novas técnicas. As transformações foram gradualmente ocorrendo até se chegar ao texto eletrônico. Mas ele nos diz que apesar dessas transformações terem ocorrido e os textos eletrônicos não fluírem tal como o texto de um livro em rolo, a essência permanece, ou seja, tanto os leitores eletrônicos quanto os da antiguidade têm o texto a correr diante de seus olhos.
Chartier afirma baseado nos fatos históricos que ‘a cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem’ (pg. 23). Os escritores deveriam submeter seus textos à censura. Textos/livros tidos como perturbadores eram destruídos e os autores condenados. Alguns autores, talvez por temerem serem punidos ou condenados pelas autoridades político-religiosas, estabeleceram uma relação de “patrocínio” que é na forma da dedicatória de suas obras. Mas eles fazem isso não só por temer a censura como para garantir, no caso da França, um emprego, uma pensão, uma gratificação. Haviam ainda os “rebeldes” que tendo suas obras censuradas procuravam os centros clandestinos para fazer circulá-las. Mas na França, afim de evitar a ruína de sua edição, ocorre a chamada autorização tácita onde os livros são impressos no estrangeiro e sua distribuição é permitida dentro da França. Posteriormente a França terá um estatuto jurídico particular para garantir os direitos dos autores.
E como podemos fixar a figura do editor de acordo com Chartier? Ele nos diz que não é