resumo do livro aprender antropologia

FRANCISCO JOSIVAN BATISTA FERREIRA*
LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2000. P. 13-33.
INTRODUÇÃO
O CAMPO E A ABORDAGEM ANTROPOLÓGICOS [P.13-16]
O homem sempre pensou e interrogou-se sobre se mesmo mas, o projeto de fundar uma ciência do homem, uma antropologia, é, muito recente. De fato, apenas no final do século XVIII é que se começa a constituir um saber científico, ou pretensiosamente cientifico, que tem o homem como objeto de conhecimento, em detrimento a natureza. Apenas nessa época é que o espírito científico pensa, pela primeira vez, em aplicar ao próprio homem os métodos até então utilizados na área física ou biológica, constituindo-se assim um evento considerável sobre o pensamento do homem sobre ele mesmo.
Não se podia haver o conceito de homem enquanto regiões da humanidade estivessem inexploradas. Esse pensamento surge primeiramente na Europa, como afirma o autor uma região muito pequena do mundo, assim, as sociedades estudadas eram distantes, “primitivas”, exteriores a civilização europeia, e a partir disso se constituiria a dita antropologia da época, por meio da distância temporal entre a sociedade estudada e o historiador.
As sociedades estudadas pelos primeiros antropólogos são sociedades de dimensões restritas, que tiveram poucos contatos com os grupos vizinhos; cuja tecnologia é pouco desenvolvida em relação a nossa, e nas quais há uma menor especialização das atividades e funções sociais, assim, a antropologia tinha como objeto de estudo as populações que não pertencem à civilização ocidental.
Dessa forma, a antropologia começa a desenvolver seus próprios métodos, e no início do século XX percebe que seu objeto de pesquisa estava por desaparecer, o “selvagem” também está sujeito a evolução social.
A pergunta agora é seguinte: com o fim do homem primitivo, “selvagem”, há também que acabar o