Resumo do capítulo A Idade Média e a Filosofia do livro O espírito da Filosofia Medieval de E. Gilson

1261 palavras 6 páginas
A IDADE MÉDIA E A FILOSOFIA

O problema da filosofia cristã

Seguindo os passos de Étienne Gilson em sua obra O espírito da filosofia medieval, mais especificamente no que concerne ao último capítulo de seu estudo, a saber, A Idade Média e a filosofia, far-se-á um breve resumo acerca do principal problema que Gilson se propõe: sobre a filosofia na Idade Média e a possibilidade de uma filosofia cristã.
Nesse sentido cabe, antes de discorrer à respeito do capítulo A Idade Média e a filosofia, destacar alguns aspectos gerais da primeira parte da obra de Gilson, o capítulo intitulado O problema da filosofia cristã.
A primeira pergunta que o autor se faz é: o termo “filosofia cristã”, afinal, faz algum sentido? Em outras palavras, as escolásticas da Idade Média, que partem de dogmas religiosos (ao que a filosofia tradicional parece ir contra), realmente merece o título de filosofia?
Para responder tal problema Gilson se remete, principalmente, à uma análise histórica da filosofia. Dessa forma, as duas primeiras constatações que ele faz dizem respeito, primeiro, à uma crítica à filosofia medieval por historiadores da filosofia que dizem que esta nada mais foi do que uma “costura de retalhos” da filosofia grega adaptada à teologia cristã; e, segundo, à uma comum objeção à filosofia cristã de que a religião (da qual ela, evidentemente, toma parte) não é da ordem da razão e, justamente pelo fato da religião cristã ser de ordem “irracional” e a filosofia exclusivamente de ordem racional, assim o termo “filosofia cristã” (unindo noções contrárias) não tem sentido.
Cabe considerar, porém, que filósofos medievais provavelmente se defenderiam de tais acusações afirmando que a religião (no que concerne à fé) é necessária à razão (à filosofia), pois esta, no seu uso por si só, encontra problemas e aporias insuperáveis, além de divergências entre diferentes filósofos (como de fato se percebe nas filosofias gregas), o que acaba levando ao ceticismo. Nesse sentido a

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