Resumo do artigo

Resumo do artigo: “A produção do espaço urbano: escalas, diferenças e desigualdades socioespaciais”.
Maria Encarnação Beltrão Sposito

A autora inicia o texto fazendo consideração sobre a ampla discussão acerca dos estudos dos agentes e processos produtores do espaço urbano, sendo possível uma análise por vários ângulos. Assim, Sposito propõe a uma análise das “articulações entre o aumento das relações econômicas no plano nacional e internacional, como movimento que amplia e exige maior articulação entre escalas, e as dinâmicas de produção do espaço urbano que revelam e redefinem a diferenciação socioespacial”. O texto da autora está dividido em três partes, a primeira relacionado à reflexão sobre as relações entre diferenciação socioespacial e as cidades. Essa diferenciação, segundo Sposito é marca das cidades, desde os primórdios da urbanização. Dessa forma não existem cidades sem divisão social do trabalho, o que presume numa divisão territorial do trabalho, ao qual é estabelecida no decorrer do longo processo de urbanização. Conforme a autora, no “início do processo de urbanização, a divisão social do trabalho era relativamente simples e se estabelecia, no plano territorial, sobretudo entre a cidade e o campo”. Ainda que existisse diferenciação entre estes espaços, no que diz respeito ao plano político, estes espaços eram constituídos a partir das cidades-Estados, ou seja, cada cidade comandava seu espaço rural. Em uma comparação das civilizações urbanas do mesmo período histórico, a autora salienta as grandes diferenças entre elas, até porque devido a ausência de tecnologias de comunicação, algumas sequer tomavam conhecimento da existência de outras cidades. Com o desenvolvimento do modo capitalista, houve uma produção de um sistema-mundo, as estruturas econômicas passaram a permear a vida nas cidades, devido ao desenvolvimento de conglomerados econômicos. No que se refere as cidades, evidencia-se então, o estabelecimento entre a cidade e o