Resumo: Segundo Manfredo Massironi, autor de "Ver pelo desenho", o desenho é composto por elementos primários e secundários. Os primários são o traço ("sinal"); o plano de fundo e o que é chamado pelo escritor de "enfatismo-exclusão", enquanto os secundários são relativos ao lugar, ao tempo, à cultura e à personalidade e estilo de quem desenha. É através desses elementos que a anotação gráfica toma forma para poder satisfazer uma função comunicativa. O plano de fundo informa sobre a posição dos objetos representados e é, por um lado, o suporte dos traços que constituem o desenho e, por outro, quando assume graus de inclinação, parte estrutural do processo de reconhecimento. Os objetos podem se dispor em um plano de visão frontal ou inclinado. Segundo Gibson, a condição que permite ver a profundidade e assumir informações sobre o espaço é a interação visual com os planos de que são constituídos os objetos. Em alguns casos, utilizam-se os dois panos de visão (frontal e inclinado). Quando isso acontece, o observador não consegue, muitas vezes, determinar a inclinação do objeto. O traço é a expressão não verbal dos processos de visão e pode assumir diversas características, definidas de acordo com a percepção visual que induzem no observador. Uma das características que assume é a do objeto. Nesse caso, o sinal é aberto e é utilizado para representar objetos sutis ou delgados como fio. Pode ser utilizado, também, como representação de elementos evanescentes e, portanto, dificilmente definíveis visualmente, como por exemplo, os raios de sol. Além dessas, há também outras utilizações desse tipo de traço como na representação de um vetor, na geometria, entre outras. Outra característica que o sinal pode assumir é a função de contorno. Tem-se, nesse caso, o sinal fechado e, por conseguinte, o objeto passa a não ser representado apenas pelo sinal, mas também pela área que este delimita, tornando-a parte significativa da representação. Quando não trabalhado com