Resumo 2 Bimestre

A psicologia Institucional de Bleger

Proposta de uma atuação profissional que extrapola os limites do consultório e lida com a saúde mental ou com a psico higiene nos grupos e nas atividades de vida diária: uma proposta que se forma num esforço de articulação teórica entre Psicanálise e Materialismo Dialético.
Emprega o termo Psicologia Institucional para designar uma determinada prática da psicologia em instituições.

O psicólogo, a comunidade e a instituição: da conceituação da ciência à intervenção

Bleger é um autor que se distingue por pensar a intervenção do psicólogo na instituições numa perspectiva sempre política. Entende-se o termo politico, aqui, como relações de poder que crivam a vida dos grupos e das classes sociais. Este trabalho também deve ser compreendido como uma forma de fazer ciência.
Assim sendo, de um lado o Bleger político, se denuncia, ao escrever e falar sobre a necessidade de o psicólogo ver seu trabalho ligado à Saúde da população, de outro, o Bleger Cientista, tenta demonstrar o caráter cientifico da teoria, da técnica\ e da prática psicanalítica e psicológica.

O conceito de Ciência

Bleger a firma a necessidade da psicologia se inserir na realidade social por meio do estudo de grupos, de instituições e da comunidade, uma vez que, segundo ele, a dimensão psicológica está presente onde quer que o ser humano intervenha.
Afirma com isso, a função social do psicólogo e a transcendência social da psicologia.
Sua concepção de ciência difere daquela das ciências naturais. Bleger contrapõe-se a isto e chega a dizer que na medida em que o objeto da psicologia é o homem, o máximo de objetividade que se consegue é aquela que supõem o sujeito que observa como um dos elementos do campo de observação. O grau máximo de objetividade é conseguido quando se inclui a subjetividade de uma realidade objetiva. O que nega é a possibilidade do conhecimento objetivo.
É a relação o que se conhece, não o objeto. E ela é sempre uma realidade intersubjetiva.
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