Ressumo: A Geografia: isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra

LACOSTE, Y. A Geografia: isso serve em primeiro lugar para fazer a guerra. 3. ed.
Campinas, SP: Papirus, 1993.

O autor do texto refere-se a uma geografia que desempenhou um papel decisivo nos trâmites da história, além de ser até os dias atuais, uma ferramenta essencial nas ações do
Estado, porém esse tipo de geografia não é de acesso a todos. Nas escolas, a informação é ocultada com um ensinamento metódico que causa desinteresse dos demais, considerando-a uma disciplina sem importância, uma vez que, esta omite sua principal finalidade.
A guerra é uma dessas finalidades, mais não se trata somente de armamentos ou invasões de caráter militar, e sim de estratégias políticas, econômicas, sociais, etc, que tem como objetivo controlar e organizar um determinado território, ou seja, exercer poderio sobre os homens, pois o conhecimento geográfico consiste, sobretudo, no poder.
A participação ativa da geografia em decisões do Estado está intimamente ligada as relações naturais e as análises espaciais, que permitem ações mais eficazes e muitas vezes, prósperas, pois estudos mais consistentes de um determinado local, permitem tomadas de decisões mais coerentes, assim os Chefes de Estado, por exemplo, continuam exercendo sua autoridade sobre os cidadãos.
O que de fato, a sociedade que é maioria, não percebe, é a manipulação que lhes é imposta, por uma minoria, que possui condições para tal atitude, pois usam os mecanismos necessários para esta imposição. Os cidadãos também possuem esses mecanismos, mais não o utilizam porque os desprezam, desde a didática nas escolas que, “mascaram a importância estratégica dos raciocínios centrados no espaço” (nas palavras do autor), como no decorrer da sua vida, onde priorizam outros saberes, levando em conta que a geografia não serve para nada.
Atualmente ela ainda é mais importante, com o desenvolvimento tecnológico e o conhecimento científico, se estabelece novos patamares para o estudo geográfico. O autor