Resenha

ROUANET, Paulo S. Reinventando as Humanidades. As razões do iluminismo
(Companhia de letras. São Paulo, 1987. Pág. 304 – 330)
Marcos Wendell1
Lucas Botelho2

Introdução.
Credenciais do autor: Sérgio Paulo Rouanet (Nascido no Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1934) é um diplomata, filósofo, professor universitário, tradutor e ensaísta brasileiro. É membro da academia de letras desde 1992. É graduado em ciências jurídicas e sociais e realizou seu mestrado em economia, ciência política e filosofia na USP, onde também se doutorou em ciência política. (Informações pelo site Wikipédia – Site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Paulo_Rouanet)

Da crase a crise:
Com base em um processo renovador que teve início com a volta à democracia, e com isto, se espera uma nova política educacional e cultural. Mas nada foi revalorizado sobre disciplinas estratégicas para uma sociedade que está reaprendendo a pensar. O país só atingiu maturidade nos anos 50, no período de desenvolvimento. Começaram a ler livros de economia para que se adquirisse uma base, e grandes filósofos diziam que precisávamos parar de exportar idéias do exterior e criar nosso próprio desenvolvimento sócio-cultural. Era um país preocupado mais com a crase do que com a crise, cujo nacionalismo se manifesta mais no ódio ao galicismo do que na defesa da Petrobrás.
Esse Brasil formalista, de alguma maneira estava associado ao conceito de humanidades. Não podia formar os recursos humanos necessários ao nosso processo de desenvolvimento. Precisávamos de químicos e engenheiros, e não de latinistas.
Um anjo torto:
Sem dúvida, queríamos um governo civil e popular, os governantes exprimiam nossas idéias e até usavam linguagem. Foi então que começaram a circular no ministério, onde tinham aqueles rapazes de terno, com doutorado no exterior. Em um instante o Brasil se transformou em país de tecnocratas. A filosofia e o latim foram esquecidas, a História deixou de ser lecionada como disciplina. Surgiu então as disciplinas