resenha

Economia e sociedade entre 1900 e 1940

Durante as quatro décadas da Primeira República, em Sergipe, o açúcar e o algodão eram os elementos mais importantes da economia, dando ao Estado uma feição de agro-exportador. A pecuária e as culturas de subsistência ocupavam espaço relevante na economia, principalmente no agreste e no sertão. O açúcar era exportado através dos portos localizados nas barras dos rios, especialmente o Porto de Aracaju. O destino do produto era na sua maioria para portos nacionais e uma pequena parte saía para Nova
York, Liverpool ou Hamburgo. A dificuldade crescente da exportação para o mercado externo fez com que a partir da década de 1910 o comércio se realizasse com os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Na época havia dificuldade para encontrar pessoas para trabalhar na fabricação de açúcar e na lavoura. Ocorreu um grande declínio na quantidade dos engenhos banguês, os de pequeno porte, aos proprietários dessas unidades restavam duas alternativas: modernizarem-se ou encerrar suas atividades de produtores e virarem fornecedores de cana para as grandes unidades. A modernização da época consistia na introdução da máquina a vapor para moer a cana. Como os proprietários investiam pouco, seus estabelecimentos passaram a ser qualificados de meias-usinas ou banguês enfeitados.
Em 1917 somente quatro 4 usinas eram consideradas completas em Sergipe. O percentual da produção de açúcar no Estado também caiu de 8,6% no período 1890 a
1900, do cômputo nacional, para 2,6% de 1921 a 1930.
No sentido inverso, a pecuária continuava crescendo apesar de grande parte das terras estarem ocupadas com a plantação de cana e algodão. Ao lado c!a economia exportadora e da pecuária, havia a produção agrícola de subsistência, ocupando vasta área do Estado e parte significativa da população no campo. O excedente desta produção era comercializado nas feiras das cidades e vilas. Nas cidades progrediam vários ramos