Resenha

O filme “Quase Deuses” relata uma história um tanto quanto normal na década de 30. Nessa época a predominância do racismo era tão forte a ponto de diferenciar banheiros e até assentos nos ônibus, ou seja, havia lugares para negros e lugares para brancos. A diferenciação de raças que fazia com que as pessoas negras fossem tratadas de forma medíocre em relação as pessoas da cor branca é o que acontecia.
“Quase Deuses” nos passa a ideia de oportunidades e sonhos quando a vida do personagem Vivien, que trabalhava como marceneiro, não desistiu do sonho de ser médico.
Quando perdeu todo o dinheiro que juntou em sete anos, Vivien não desistiu. Estava trabalhando no consultório de um dos mais conceituados médicos naquela época, Dr. Blalock, que vendo o interesse de Vivien o convidou a ser o ajudante em suas experiências com cachorros.
Vivien mesmo sendo o braço direito do Dr. Blalock, era sempre criticado e julgado pelos demais por ser negro.
O doutor ficou deslumbrado com tanto conhecimento e prática do seu assistente, e assim formaram uma parceria que foi além. Fizeram a operação do “bebê azul” e dividiram os créditos. Logo depois, Vivien mesmo sem ter estudado em uma Universidade, foi considerado um Doutor pelos seus feitos.
De fato, o filme é um grande exemplo de um dos modelos de Habermas, o modelo pragmático-político.
Nesse modelo, existe uma eterna negociação entre profissional e o individuo, ou seja, quando um profissional que sabe de todas as suas especialidades dá a oportunidade de discussão e questões que possam resolver a situação da forma mais conveniente.
De alguma forma, o Dr. Blalock que era formado e tinha total conhecimento da ciência que atuava deu a oportunidade e a chance de aprender mais com um marceneiro que estudava por conta própria.
De fato, por menos que uma formação, naquela época quem escutaria e daria a oportunidade de ouvir a opinião de um negro já que eram postos como animais.
O modelo pragmático-politico nos dá a visão do aprender