Resenha

Resenha Crítica
O texto aborda a questão da intervenção, que de acordo com os psicossociólogos, trata-se de uma ação numa organização social, a pedido desta organização para que mudanças sejam facilitadas em seu contexto.
Para que esta intervenção seja feita, é necessário em primeiro lugar, conversas individuais ou em grupos, e depois de uma primeira síntese, comunicar ao conjunto do pessoas administrativo, um feedback. Depois iniciam-se os trabalhos em comissão, em que estão reunidos os psicossociólogos e responsáveis pela empresa, e mediante esse trabalho e reuniões de equipe, possibilitar a cada um participar das decisões, e mudanças na administração da empresa.
A autora coloca como o horizonte último e verdadeiro da intervenção psicossociólogica como sendo a autogestão de todos os grupos, das organizações e da sociedade em seu conjunto. De fato a autogestão é uma prática muito interessante pois todas as pesquisas sobre grupos mostraram que os melhores resultados são obtidos na produtividade quando todos participam das decisões. Esta não é uma prática fácil de ser alcançada, já que no mundo capitalista, nas empresas, há sempre uma hierarquização, e para que a autogestão ocorresse todos devem ter direitos iguais.
Outro ponto interessante colocado pela autora, é sobre a constituição de uma empresa, que na verdade é um “grupo de grupos”, já que ela reúne equipes, escritórios, oficinas, segundo certas formas de organização. Dessa forma a informação vai circular entre esses grupos, seja de maneira formal ou informal, então, é necessário que esses grupos se relacionem e tenham um envolvimento saudável para que possam trabalhar juntos em prol da organização. Esse é um ponto essencial quando se fala de intervenção, já que os psicossociólogos devem instalar grupos reguladores e mediadores entre os diversos setores constituintes da empresa. O objetivo almejado na intervenção é justamente fazer com que os grupos tomem a cargo os problemas que lhe dizem respeito e